Monday, June 30, 2008

These are the days

Não gosto de complicações
(embora quem me conhece afirme que eu tenho o dom de ignorar o que de simples vai acontecendo)

E ultimamente sinto a minha vida complicada
(não dura, não dorida, nem dolorosa… complicada!)

Se há coisa que não suporto é perder o controlo,
As minhas decisões têm de ser minhas
E ultimamente sinto-as condicionadas
(deliberadamente e com o meu consentimento condicionadas)
Faz-me lembrar um filme piroso (efectivamente piroso)
Em que um George Clooney ouve de uma Michele Pfeiffer:
“Eu TENHO, e é só minha a tarefa, de manter as bolas todas no ar”

Aqui que ninguém nos ouve, algumas têm-me fugido das mãos…
Sinto que a vida vai acontecendo, que tudo surge em paralelo mas que mexe, entranha e passa a fazer parte.

Não sei se me faço entender…
Não tomei decisões, não quis, não afirmei querer.
Perdida?! Não… Mas nem perto de segura.

Porque fujo sem me aperceber.
Porque me tenho escondido sem que ninguém perceba.
Porque me (te?) convenço que está tudo bem
Quando sei, melhor que ninguém, que há alturas em que respirar custa.

Podia afirmar que é confusão minha,
Ansiedade antecipada de quem não sabe o que quer.
Podia, mas aqui não consigo mentir.

Cheguei (talvez tarde demais) à conclusão que sei muito bem o que quero.
Simplesmente não o quero concretizar.
Confusos?!
Não gosto de me afundar sozinha…
E essa palavra (de 4 letrinhas apenas) nunca foi assunto meu.

Escolhi silenciar.
Até que…
(que… dirão vocês)
Até que perder-te seja uma possibilidade .

Friday, June 27, 2008

Celebrate

Barcelona, here i come.

(starting the countdown..)

Thursday, June 26, 2008

Notebook reminder

When you have everything
you have everything to lose

Ben Harper

Tuesday, June 24, 2008

Demitidos (obviamente)

Estás demitido, obviamente demitido
tu nunca roubaste um beijo
e fazes pouco das emoções
és o espantalho dos amantes.

Estás demitido, obviamente demitido
evitas a competência
não reconheces o mérito
és um pilar da cepa torta

E assim vamos vivendona província dos obséquios
cedendo e pactuando enquanto der
filósofos sem arte, afugentamos o desejo
temos preguiça de viver

Estás demitido, obviamente demitido
subornas os próprios filhos
trocaste o tempo por máquinas
tu és um pai desnaturado.

Estás demitido, obviamente demitido
arrasas a obra alheia
às vezes usas pseudónimo
tu és um crítico de merda

Estás demitido, obviamente demitido
encostas-te às convergências
nunca investiste num ideal
tu sempre foste um demitido
tu foste sempre um demitido
já nasceste demitido!

Sempre que ouço ou canto baixinho esta música só consigo ler nela a filosofia tuga... tanta preguiça de viver. Estaremos (todos) demitidos? Vá, ok, alguns que me acompanhem e admitam que, pelo menos, já roubaram um beijo - estamos safos...

Assumindo o cinismo que me é característico mas ainda assim reconhecendo que não sou, de forma alguma, perfeita, acho que, efectivamente, poderei ser uma crítica de merda. Procurar um ideal? Claro que sim! Investir nele? Difícil... É mais imediato refugiarmo-nos no discurso que todos sabemos de cor: esta província está a perder força, os políticos são uma merda, e não, não saberia fazer melhor mas isso não me retira o direito de criticar. Será?

Thursday, June 12, 2008

Not easy but worth it

So, my little Amélie, you don't have bones of glass. You can take life's knocks. If you let this chance pass, eventually, your heart will become as dry and brittle as my skeleton. So, go get him, for Pete's sake!

Wednesday, June 11, 2008

Is it (easy)?

Não gosto de finais anunciados.
Ponto final.
E rotinas?!
Para lá do que é aceitável…

Há alturas em que não te consigo ouvir.
Melhor, ouço mas prefiro ignorar.

(tu sabes, a única coisa que me assusta são as consequências – seja do final ou da continuidade)

Verdade, não te sinto fugir.
Mas sei que não estás para ficar.

Fugir a sete pés é sempre uma possibilidade.
Ainda que os pés fossem arrastados (os meus, claro está).

Podia garantir que não faz mossa.
Mas fugir de mim… é impraticável.

Se gosto?
(Ainda) não sei.

Adoro (e tenho de) desaparecer.
Mas ficar solta não vai resultar sempre.

És sempre a mesma…
As pessoas conhecem-se nos detalhes, certo?
Naquilo que só eu vejo, que só a ti deixo ver.

Não é suficiente.

Será que é altura de discordar daqueles 4 malucos e dizer que o amor, efectivamente, não é suficiente? Ou dar a mão à palmatória que, caso exista, é, de facto, tudo o que é preciso?

Acho que não poderia saber: não sei de que falam quando dizem: “perdi a paixão da minha vida”.

The concept that you can only be complete with another person is evil.

E dar o salto?
Não, aprendi desde cedo a não ansiar voar.
Não por medo, não.
Por amar, acima de tudo, ter os pés bem assentes na terra.
(não dar é sempre uma possibilidade – desde que saibas quando parar de receber)

There's nothing you can know that isn't known.
Nothing you can see that isn't shown.
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be.
It's easy.