Wednesday, May 27, 2009

Why not?

A escrita sempre foi um refúgio.
A minha neverland, parafraseando JM Barie.

Escrever é um acto isolado,
Mas é criação para a partilha.

(e é, sempre foi, um sonho bem declarado)

Aventurei-me esta semana na pesquisa de uma tal ESTC.

Após anúncio visto e revisto na televisão, quis saber do que se tratava.

Para os mais curiosos e/ou desinformados, ESTC é a Escola Superior de Teatro e Cinema.
E por onde é que ela pára?
Lisboa, claro está!

Descobri uma pedra preciosa: Mestrado em Narrativas Cinematográficas.
E, apesar da exorbitância que exigem, ganhei um sonho mais palpável.
Requisito de entrada: ter licenciatura em qualquer ciência humana / social.
Psicologia aplica-se, certo?

Talvez um dia, quem sabe…
I need a change, right?

Tuesday, May 26, 2009

I (really) need a change

Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
No meu peito morreria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.

Monday, May 11, 2009

i am mine

I know i was born and i know that i’ll die
The in between is mine
I am mine.


Tenho muitas vezes a sensação que perco este controlo,
Que não sou minha tanto quanto gostaria.
Nem sempre resulta tomar decisões.
Dizer “foi escolha minha”.
Bater o pé, espernear, chorar, gritar.
Pode não ser a decisão certa, ainda que a tomemos com convicção.

E, verdade seja dita, nunca sei muito bem o que quero.

Quero viver… Ok, mas até aí estamos todos de acordo.
Como? Cada vez sei menos…
Não resulta viver cada dia como se fosse o último.
Sempre achei que a lógica seria viver cada dia por si.
Mas ultimamente “cada dia” não é suficiente para encher.
E eu gosto pouco de doses de realidade.
Quando baixo os pés à terra, os passos começam a doer.
E a toda a hora a minha cabeça repete: “vive, merda!”
Possibilidades infinitas, eu sei.

E para dar a mão à palmatória àquele que me chama “filmática”, vou recorrer ao meu diálogo preferido do Six Feet Under (obrigada, N., por me fazeres recordar):

You're not even grateful, are you?
Grateful? For the worst fucking experience of my life?
You hang onto your pain like it means something, like it's worth something - well let me tell you, it's not worth shit. Let it go. Infinite possibilities and all he can do is whine.
Well, what am I supposed to do?
What do you think? You can do anything, you lucky bastard, you're alive! What's a little pain compared to that?
It can't be so simple.
What if it is?

Às vezes, precisamos de perspectiva.