Thursday, January 31, 2008

Driving (and spinning) around

Com um brilhozinho nos olhos
e a saia rodada
escancaraste a porta do bar
trazias o cabelo aos ombros
passeando de cá para lá
como as ondas do mar.

Conheço tão bem esses olhos
e nunca me enganam,
o que é que aconteceu, diz lá
é que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa no mundo não há.

Com um brilhozinho nos olhos
metemos o carro
muito à frente, muito à frente dos bois
ou seja, fizemos promessas
trocamos retratos
traçamos projectos a dois
trocamos de roupa,
trocamos de corpo,
trocamos de beijos,
tão bom, é tão bom
e com um brilhozinho nos olhos
tocamos guitarra p'lo menos a julgar pelo som

E que é que foi que ele disse?
E que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco.
Passa aí mais um bocadinho
que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
Portanto, hoje soube-me a pouco

Com um brilhozinho nos olhos
corremos os estores
pusemos a rádio no "on"
acendemos a já costumeira velinha de igreja
pusemos no "off" o telefone
e olha, não dá p'ra contar
mas sei que tu sabes
daquilo que sabes que eu sei
e com um brilhozinho nos olhos
ficamos parados
depois do que não te contei

Com um brilhozinho nos olhos
dissemos, sei lá
tudo o que nos caiu no goto
do estilo és o "number one"
dou-te vinte valores
és o seis do meu totoloto
e às duas por três
bebemos um copo
fizemos o quatro e pintámos o sete
e com um brilhozinho nos olhos
ficamos imóveis
a dar uma de "tête a tête"

E com um brilhozinho nos olhos
tentamos saber
para lá do que muito se amou
quem éramos nós
quem queríamos ser
e quais as esperanças
que a vida roubou
e olhei-o de longe
e mirei-o de perto
que quem não vê caras não vê corações
com um brilhozinho nos olhos
guardei um amigo
que é coisa que vale milhões.

Still figuring it out..
But my eyes, yeah, they will keep sparkling
Even if...
Because it's all worth while

Thursday, January 24, 2008

(Boa?) descoberta

Ontem descobri esta música (numa excursão por um cd da Aimee Man comprado há meses mas onde só ouvia as músicas já familiares)... Não sei se já disse isto aqui (mentira!!!), mas amo de paixão a Aimee Man (e tudo o que ela escreve, e a entoação da voz, e o narizinho pontiagudo, e os filmes que ela escolhe para decorar). Admito a minha preferência por cantoras (a Beth Orton merece aqui, pelo menos, uma referência) e a Aimee destaca-se desde que descobri o Magnolia (sim, o filme). É daquelas cantoras realistas mas com os pés ligeiramente (q.b.) acima da terra. É adorável. I love fucked up people who put a smile on the face and say "what the hell! this is life, so i guess i should make the best of it - even if i'll keep complaining every single second". Bem, vou finalmente, depois desta excursão mental, dar-vos a conhecer a (boa?) descoberta (leiam com olhos de ver):


you don't know, so don't say you do
you don't
you might think that things will change,
but take my word
they won't

you paint a lovely picture,
but reality intrudes
with a message for you
and it's real bad news

i was undecided like you
at first
but i could not stem the tide of overwhelm
and thirst

you try to keep it going but a lot of avenues
just aren't open to you
when you're real bad news

i've got love and anger
they come as a pair
you can take your chances but buyer beware

and i won't
make you feel bad
when i show you
this big ball of sad isn't
worth filling with air

and baby, let me tell you
you can get some things confused
like whose secrets are whose
and that's real bad news
real bad news

Wednesday, January 23, 2008

Really?

É tão difícil deixar-te
Antes pedir que me deixes.

Filarmónica do Gil

Monday, January 21, 2008

Happy birthday, my dears

Because you are you
And because you put up with me.

Love you (both)**

Wednesday, January 16, 2008

Para os que querem saber o porquê da cienega..

"Ah the night...here it comes again"
It's on with the jeans, the jacket and the shirt
How'd I end up feeling so bad
For such a little girl
And I hold you close in the back of my mind
Feels so good but damn it makes me hurt
And I'm too scared to know how I feel about you now
La Cienega just smiles..."see ya around"

And I hold you close in the back of my mind
And raise my glass 'cause either way I'm dead
Neither of you really help me to sleep anymore
One breaks my body and the other breaks my soul
La Cienega just smiles as it waves goodbye

"Ah the night...here it comes again"
It's off with the jeans, the jacket and the shirt
How'd I end up feeling so bad
For such a little girl
And I hold you close in the back of my mind
Feels so good but damn it makes me hurt
And I'm too scared to know how I feel about you now
How I feel about you now
La Cienega just smiles and says, "I'll see you around"

Ryan (e não Bryan) Adams

Also...
La cienega: região localizada no estado americano do Novo México

Giving in

You've already won me over in spite of me

(Head over feet)

Notebook reminder

Enjoy your body: use it every way you can. Don't be afraid of it or what other people think of it; it's the greatest instrument you'll ever own.

(i like flaws, they make it real)

Tuesday, January 08, 2008

Do you believe this?

Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. (…) Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.

Antoine de Saint-Exupery


P.S.: I do

One of the movies to share (those who know me know why)

I believe if there's any kind of God it wouldn't be in any of us, not you or me but just this little space in between. If there's any kind of magic in this world it must be in the attempt of understanding someone sharing something. I know, it's almost impossible to succeed but who cares really? The answer must be in the attempt.

Celine in Before Sunrise

Thursday, January 03, 2008

It's gonna be whatever i want it to mean

Running down a central reservation in last night's red dress,
And I can still smell you on my fingers and taste you on my breath;
Stepping through brilliant shades,
All the color you bring,
This time, this time, this time,
Is whatever I want it to mean.

If this is where memories are made,
I'm gonna like what I see,
And everything that I ever took for granted,
I'm gonna let it be.

I step through every shade,
All the color you bring,
This time, this time, this time,
Is whatever I want it to mean.

And everything and nothing is as sacred as we'd want it to be,
When it's really all,
Make it really all,
Compared to what.

It's like living in the middle of the ocean,
With no future, no past,
And everything that's good about now,
Well, might just glide right past.

I'm stepping through brilliant shades,
All the color you bring,
This time, this time, this time,
Is fine just as it is.

And everything is sacred here,
And nothing is as sacred as I want it to be,
When it's really all compared to what.

The one and only Beth Orton

Wednesday, January 02, 2008

Favourite things

Não sou muito apologista das resoluções de ano novo
Perdoem-me os que delas são adeptos, mas acho todo o conceito um pouco absurdo
Não se muda uma vida em segundos
E qualquer resolução que valha a pena faz-se no momento em que ela nos surge, não se guarda para o fatídico dia 31 (como se tudo de desregrado ou de não aceitável em nós próprios nos fosse permitido até lá)

O que eu assumo (em qualquer dia do ano, leia-se) é continuar a fazer as minhas favourite things (se possível com frequência crescente).

Aqui vão aquelas que posso partilhar:

Cantar Aimee Man na minha sala, sobretudo a Momentuum
Ir à beira-mar num dia de Inverno (só porque sim)
Cozinhar para muita gente acompanhada de uma garrafa de vinho (e de um cigarrinho)
Caminhar com um MP3 a desligar-me por completo do mundo
Voltar a Braga e descobrir que há coisas que nunca mudam (referência assumida ao grande jantar caliente – temos de repetir)
Dançar noite dentro até que as pernas me falhem
Ver (e partilhar) filmes meus – daqueles que só se partilham com algumas pessoas
Deitar-me no sofá num dia de chuva com uma manta e alguém que me faça um chá
Ir ao cinema e ver um filme que me encha (daqueles que se entranha na pele)
Tomar um banho quentinho no final de um dia de trabalho daqueles exhausting
Jantar na casa dos vizinhos (yeah, os dois dos fantastic)
(ainda na continuação) grelhadas mistas
Mergulhos num mar gelado às 4 da manhã
As noites dos primos (e dos irmãos e dos primos emprestados)
Café ao fim da tarde com a terceira dos fantastic
As conversas longas ao telefone quando a saudade da ex-vizinha aperta
O sorriso dos meus pais quando me (re)vêem
Voltar a casa (sim, ao meu t1zinho)
Roubar beijos
Escrever
Noites quentinhas
Ler o que escrevi aos 15 anos e descobrir que o que somos não muda (falo da atitude, da filosofia de vida – como diz o meu Jesse)
Tirar fotos (não me reconhecer naquelas em que de facto estou bonita)
Acreditar quando me dizem “és perfeita” (ainda sabendo que tenho defeitos como ninguém)
Acreditar quando me dizem “és mau feitio” (e não fazer esforço para mudar – é uma questão de marca registada)
As “discussões” com o colega da carteira ao lado
O teu sorriso quando não estás presente (sim, aquele que só eu vejo, e que só vejo quando estou sozinha)
Pão-de-ló de Ovar no final de um daqueles jantares
Reconhecer os fantastic nos pormenores (saber exactamente o que nos separa e o que nos une – ter a certeza que a 2ª é mais forte)
Conduzir, conduzir, conduzir (numa estrada vazia e de preferência sem destino certo)
O Porto iluminado
Um concerto no Pavilhão Atlântico ou no Coliseu do Porto (The Cure estão de volta!!!)
Falar de música durante horas com os ex-vizinhos
Finos no Rochedo
Os amigos calientes (já não me lembrava de quanto sentia a vossa falta – sem querer parecer lamechas, claro)
A Torreira e a sapateira do Alberto (temos de voltar, ok gaja?)
O Café Teatro (sim, minha linda, por tua causa)
O Cine Teatro de Estarreja e os filmes das 5ªs à noite (sim, esta também é para ti gaja)
Adormecer num sofá que não é meu
Os jantares depois da formação das 3ªs e 5ªs
Falar de trabalho com aqueles que percebem
A minha empresa nos dias bons
Conhecer as pessoas pelo nome
Sorrir (ainda que a alma me doa)
Ser meiguinha (ainda que assumidamente não goste de o ser em demasia)
Reviver, sempre que posso, o 2º ano da universidade (sempre com a certeza e a segurança de que não posso voltar – all our time can’t be given back)
Passar horas na FNAC e sair sem comprar nada
Rever-te
Dormir depois das noites a que me habituaram

Enough?
I told you i’d be back
Missed this…

Só mais uma:

Partilhar