"Aquela"
Sempre odiei a mania dos rótulos.
Não gosto de ser catalogada, já te disse.
Não quero nem preciso de dar nomes a tudo o que me acontece.
Não quero nem posso dar nomes a todos os que me tocam.
Não quero articular palavras que ainda não consigo compreender.
Ainda…
Sim, admito que serei diferente
(nunca excluí a hipótese)
Mas não quero
(A vontade - essa besta - não foi chamada aqui e agora)
Ouço os sussurros de quem dizia, antes:
“Sometimes you can’t make it on your own”
(lembro-me dos teus lábios seguros a tremer)
Se te provei que estavas errado?
Claro (ainda que apenas declaradamente)
Consigo caminhar sozinha (acredita…)
E tenho de trilhar pó e terra assim.
Posso não querer.
Tenho e consigo.
(sempre fui muito criteriosa na escolha das ditas palavras)
Estranho…
Amo as palavras
E não admito rótulos.
Acreditava na coerência
(antes antes)
Quando os pés largam o chão não há ponto de retorno.
Não quer dizer, leia-se, que perdi selectividade.
Pelo contrário, agora sei o que vale.
Se vales a pena?
Não, não és aquele
(odeio rótulos, recuso qualquer DSM que a vida escolha impingir – e baptizo, ouve: como se o mundo fosse um livro só meu)
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