Thursday, April 17, 2008

"Aquela"

Sempre odiei a mania dos rótulos.
Não gosto de ser catalogada, já te disse.

Não quero nem preciso de dar nomes a tudo o que me acontece.
Não quero nem posso dar nomes a todos os que me tocam.
Não quero articular palavras que ainda não consigo compreender.

Ainda…

Sim, admito que serei diferente
(nunca excluí a hipótese)
Mas não quero
(A vontade - essa besta - não foi chamada aqui e agora)

Ouço os sussurros de quem dizia, antes:
“Sometimes you can’t make it on your own”
(lembro-me dos teus lábios seguros a tremer)

Se te provei que estavas errado?
Claro (ainda que apenas declaradamente)

Consigo caminhar sozinha (acredita…)
E tenho de trilhar pó e terra assim.
Posso não querer.
Tenho e consigo.
(sempre fui muito criteriosa na escolha das ditas palavras)

Estranho…
Amo as palavras
E não admito rótulos.
Acreditava na coerência
(antes antes)

Quando os pés largam o chão não há ponto de retorno.
Não quer dizer, leia-se, que perdi selectividade.
Pelo contrário, agora sei o que vale.

Se vales a pena?
Não, não és aquele
(odeio rótulos, recuso qualquer DSM que a vida escolha impingir – e baptizo, ouve: como se o mundo fosse um livro só meu)

0 Comments:

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home