mais uma vez...
O mundo é para quem nasce para o conquistar
e não para quem sonha que pode conquistá-lo
ainda que tenha razão.
Álvaro de Campos
Álvaro de Campos é de facto A minha paixão, O heterónimo. Não sei se por ter sido minha companhia indispensável durante muitos anos... Dizem que os hábitos ficam cravados na pele. Como já disse, muito do que leio agora dele não é pessoal. Palavras que na altura encaixavam perfeitamente, como um puzzle onde as diferentes cores são bastante evidentes, agora não me identificam. Mas isso não faz com que goste menos ou viva menos o que escreve. Talvez a distância e a impessoalidade o torne até mais intenso. Como uma história que sigo todos os dias, que sei que não é a minha, mas ainda assim sofro com as personagens. Apanhei esta frase há uns dias. Dá uma ideia de fatalidade, de inevitabilidade. De certa forma, defende a ideia de um Destino, de um Fado, de nascer para. Mas se continuarmos a ler apercebemo-nos que as palavras mudam de sentido e acabam por afirmar exactamente o oposto: é a pessoa que constrói o seu caminho. Cada um vai pondo as pedras na calçada à medida que deixa os sonhos para trás. Mas este deixar os sonhos para trás não significa abandoná-los. Pelo contrário, significa agarrá-los, não com a força de quem sonha mas com a mão de quem age.
4 Comments:
um pensamento e opinião... deveras familiar...
familiar?
sim.. porquê? 0.o
agora percebi :)
Post a Comment
Subscribe to Post Comments [Atom]
<< Home