Inspirações de uma rapariga com um copo de água

Adoro fins de tarde…
Quando chego ao final do dia e tenho a sensação de dever cumprido.
Não só de dever profissional…
Não.
De ter sorrido a todos os que por mim passaram.
De ter conseguido ter conversas pessoais no intervalo de almoço.
De receber um elogio inesperado por um detalhe que não me escapou.
De receber olhares de aprovação.
De me sentir necessária.
De termos falado para além dos “Doutores” e “Doutoras” a que nos obrigam.

Sinto-me feliz.
Hoje sinto-me feliz.
Sem razão ou motivo aparente.
(Porque andamos sempre à procura de motivos?)
A vida é aqui e agora.
Define-se no que fazemos.
Encontra-se no que sentimos.
E não há derrotas
(Desde que nunca nos sintamos derrotados).
Há pequenas conquistas que nos escapam porque não aprendemos a defini-las enquanto tal.
A vida vale pelo que nos faz sentir.

Por isso, agradeço-te esse sorriso.
E a gargalhada que começo a sentir como inconfundível.
Acima de tudo, agradeço-te por me fazeres acreditar.
Um mundo de possibilidades.
Porque é do caminho que vem a satisfação.
Do saber que podemos sempre escolher.
E que tiramos gozo de cada trilho que seguimos
(tanto quanto tiramos gozo da recusa dos trilhos que ficam para trás).

And that’s enough.

Como diz a Meryl Streep, n’ As Horas: “I thought: this is it! This is where happiness begins. (…) I forgot to notice that it WAS happiness. That moment!”.

A felicidade não é um estado…
Sente-se, vive-se, larga-se.
Não se mantém.
That’s what makes it all worth while.